Marcos Vinícius, catador de papel


Encontrei o seu Marcos Vinícius na avenida Afonso Pena, bem no centro de BH carregando seu carrinho de madeira cheio de papelão e material reciclável dentro.


"Trabalho com isso a mais de 25 anos" disse o senhor de mais de 65 anos de idade puxando o carrinho velho e pesado pelo canto da movimentada avenida.



Marcos Vinícius que recebeu esse nome inspirado no musico Vinícius de Moraes, faz parte dos mais de 3 mil catadores de papel que atuam na região metropolitana de Belo Horizonte, segundo a Associação dos Catadores de Papelão e Material Reaproveitável (Asmare).



Todos os dias ele anda pela cidade recolhendo principalmente papelão e outros tipos de materiais reciclaveis. Ao final do dia ele leva tudo que coletou para um depósito, que o paga um salário mínimo (R$540,00) por mês.
Infelizmente esse salário não corresponde a toda a importância dessa função para o nosso meio ambiente.
Trabalho que é feito em todo Brasil por mais 800 mil pessoas. 



Numa pesquisa detectou-se que os catadores de papel são responsáveis por mais da metade (51%) do volume de 500 mil quilos diários de lixo reciclado da capital mineira. Outros 36% são entregues diretamente na Asmare por empresas, escolas e repartições públicas. Somente 9% são recolhidos em caminhões da coleta seletiva da prefeitura e 4% por outros agentes.



Ainda assim seu Marcos Vinícius é um exemplo de um homem que ganha a vida de forma honesta e digna, mesmo que o que ele receba seja tão baixo e sua aposentadoria esteja tão longe e tão incerta apesar de muito merecida.



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